Escolhemos como destino pra viajar no feriado do São João o sertão do estado, mas infelizmente esse é o feriado onde todos os turistas forrozeiros seguem para Gravatá, cidade a 80km de Recife, bem na rota pra Serra Talhada. Saímos eu, Miguel e Hugo na quinta-feira de tarde e levamos 3h de Recife até Gravatá, trajeto de 80km em pista duplicada! Passado o congestionamento seguimos até Belo Jardim, onde o Bruno se juntou a nós. 00h foi o horário que chegamos na asa do Martim, em Serra Talhada. Dormimos e no dia seguinte, às 5h, encontramos o Alexandre. Seguimos pra parede onde havíamos conquistado a Alpinismo Sertanejo semanas antes, afim de buscar novas linhas.
Após andar toda a base da pedra escolhemos uma linha próxima à via já existente. Começamos por uma parede vertical e levemente negativa com uma sequência de pequenos diedros e uma fenda, boas agarras até a P1 que montei com algumas peças no plato, mas depois puxei a furadeira e bati uma chapeleta, que já serviu pra proteger o próximo lance, que mesmo com ela, ficou exposto. Quando voltar lá pretendo duplicar a P1 e bater mais duas chapeletas, uma em cada lance exposto.
Miguelito chegando na P1, frio!!
Saindo da P1 levemente pra esquerda, faz um lance de VIsup e segue por um diedro lindo de V até chegar nos enormes blocos amedrontadores, segui pra esquerda me apoiando de leve em alguns deles e cheguei à um platô grande, onde montei a P2 em móvel (na descida, batemos uma parada dupla pra viabilizar o rapel) e puxei os dois.
P2 Provisória *
*Dica do Julio Mello: Não usar o fiel da forma que foi usado na equalização acima, ele pode correr com 400Kgf, uma carga possível de alcançar em uma queda de fator 2. A melhor opção seria um oito duplo, ou um cordelete maior fechado com um pescador duplo, por exemplo. Felizmente essa parada não seria solicitada com uma queda de fator dois por estar em um grande platô e a enfiada seguinte começar com uma caminhada pro lado.
Essa é a bela segunda enfiada da via ao lado: Alpinismo Sertanejo!
Andando um pouco pra direita estarás dentro de uma grande chaminé, por onde passa a terceira enfiada da via. Começa bem fácil e vai dificultado um pouco, mas sempre dá pra ir com as costas apoiadas e esticar as pernas pra descansar. Passei por fora dos primeiros blocos entalados e fui até o final dela, saindo por um pequeno buraco entre blocos entalados, chegando ao platô da P3, que pode ser montada com alguns nuts e laçando duas árvores pequenas.
Bruno na chaminé
Miguel saindo do buraco no final da chaminé, chegando na P3!
Saindo da P3 pra esquerda, depois cruzando a chaminé (nessa parte ela já está mas pra uma grande canaleta de mato) pra direita, domina a laca e segue pela face, bem fácil até o cume. Eis que no cume eu dei de cara com uma parada dupla, de grampos de inox, provavelmente batida pra viabilizar algum rapel, devido à sua posição. Aproveitei os grampos e puxei Miguelito e Bruno, que chegaram no cume pra pegar os primeiros raios de sol após o início da escalada.
Quarta enfiada
Presente no cume
Cume!! Eu, Bruno e Miguel!
Na descida batemos uma parada fora da via, mais ou menos n altura da P3, só que mais pra esquerda, de lá mais 30m de rapel até a grande árvore na base da chaminé, caminhada até a P2 e o último rapel, de 60m, até o chão.
Essa foi a marreta que usamos durante a conquista, ela contribuiu com o nome da via.
Finalizada mais uma via, seguimos pra Triunfo, onde passamos os outros dois dias de feriado.
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